EDITORIAL

Resumo

Há pouco mais de três anos era criada a “William Morris Davis Revista de Geomorfologia” (WMDRG) que hoje chega exitosamente ao seu Volume 4. O crescente número de novas submissões, citações dos trabalhos publicados e acessos à sua base de dados demonstram a consolidação do interesse da comunidade geomorfológica brasileira por um novo veículo de divulgação para sua produção científica.
Contudo, desde o seu surgimento a WMDRG buscou ir mais adiante, incorporando contribuições de pesquisadores estrangeiros renomados em todas as edições, e ao estabelecer uma rotina de publicações bilingues (português e inglês), ampliou o seu alcance junto à comunidade internacional, ao mesmo tempo sem renunciar ao caráter de periódico científico em língua portuguesa, ancorado em um vibrante programa de pós-graduação do Nordeste do Brasil. A WMDRG também inovou ao trazer uma seção de entrevistas com pesquisadores que se dedicam à geomorfologia, além de divulgar a cada novo número um acervo de imagens voltado à iconografia das formas de relevo e das paisagens.
O número 1 do volume 4, de julho de 2023, não foge ao padrão das edições anteriores. O volume é composto por oito artigos, sendo um de autor estrangeiro. A edição traz contribuições que abrangem os aspectos processuais e da paisagem relativos a quatro das grandes regiões geográficas do Brasil: Sul, Sudeste, Nordeste e Norte, tratando de temas que concernem desde as zonas costeiras às bacias hidrográficas interiores. A seção de entrevistas aborda uma temática que tem despertado o crescente interesse de geomorfólogos no Brasil e no mundo, a geodiversidade. O segmento de imagens geomorfológicas oferece uma curadoria de fotografias representativas das diversas paisagens do país. Por fim, o item “Clássicos da Geomorfologia” nos brinda com um texto basilar da saudosa Profa. Lylian Coltrinari, falecida em 2022, cujo olhar particular e autoral constitui legado inestimável à geomorfologia brasileira.
Congratulo a “William Morris Davis Revista de Geomorfologia” e o Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual Vale do Acaraú pela excelência, confiabilidade e aspectos inovadores que aportam à difusão do conhecimento em geomorfologia, bem como pela ousadia de mirar além das fronteiras, ou, como dizemos no vetusto Pernambuco, “falando para o mundo”.