MORPHO-STRUCTURAL ASPECTS OF THE NORTHERN BRAZILIAN NORTHEAST/ASPECTOS MORFOESTRUTURAIS DO NORDESTE SETENTRIONAL BRASILEIRO

Resumo

No Nordeste Brasileiro, a denudação continental distinguiu as formas de relevo a partir do condicionamento morfoestrutural
representado pelas zonas de deformação rúpteis e dúcteis do embasamento cristalino pré-cambriano. Ao longo das zonas de
falhas, a dissecação interiorana e a agradação costeira deu-se a partir de sistemas de drenagem condicionados pela disposição
estrutural. O enfoque analítico proposto por este trabalho abordará a relação entre estrutura (Plano de foliação, planos de
deformação e direções de fraturamento), denudação/agradação e relevo. Nesse aspecto, apresentar-se-á uma proposta de
interpretação, baseada em processos derivados da evolução associados a erosão diferencial ao longo de zonas de cisalhamento
transcorresntes. Nessas zonas, de direções NE-SW e E-W, a exumação crustal, originou trends de lineamentos que confinam
os canais de drenagem orientando a dissecação e a agradação fluvial. Isso resulta na formação de maciços, sequências de cristas
e vales que confinam os canais de escoamento, passando esses a serem os indicadores dos planos de deformação. Esse contexto
estende-se para as unidades agradacionais e circudenudacionais na forma de controle sobre a dissecação. Esta por sua vez,
passa a ocorrer orientada segundo os planos de falhas, formando vales encaixados que constituem a expressão geomorfológica
da reativação frágil de zonas de cisalhamento transcorrentes nas unidades paleozoicas, mesozoicas e cenozoicas.