RIVER STYLES OF THE SÃO GONÇALO RIACHO, BASTIÕES RIVER WATER BASIN, CEARÁ / ESTILOS FLUVIAIS DO RIACHO SÃO GONÇALO, BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BASTIÕES- CEARÁ

Autores

  • VANESSA MARTINS LOPES Docente da rede estadual da Paraíba e Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Av. Acadêmico Hélio Ramos, s/n, Recife, Pernambuco. CEP: 50.740-530.
  • OSVALDO GIRÃO Docente no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Av. Acadêmico Hélio Ramos, s/n, Recife, Pernambuco. CEP: 50.740-530.
  • JONAS OTAVIANO PRAÇA DE SOUZA Docente do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Cidade Universitária, João Pessoa, Paraíba. CEP: 58051-900.

DOI:

https://doi.org/10.48025/ISSN2675-6900.v5n2.2024.627

Palavras-chave:

Sistema fluvial, River Styles, Rios de Terras Secas, Semiárido

Resumo

Os sistemas fluviais apresentam uma grande diversidade morfológica, fruto da complexidade de uma gama de processos hidrogeomorfológicos que operam em várias escalas dentro desses sistemas. Os rios de terras secas apresentam padrões fisiográficos e fisiológicos decorrentes do forte controle climático, marcado pela irregularidade espaço-temporal pluviométrica. Considerando a importância da compreensão da diversidade fluvial do semiárido, nesse trabalho apresentamos as tipologias fluviais presentes no riacho São Gonçalo, um dos principais afluentes da Bacia Hidrográfica do Rio Bastiões (BHRB), no estado do Ceará, a partir da metodologia do River Styles (Estilos Fluviais), proposta por Brierley e Fryirs (2005). Na área de estudo foram identificados três estilos de rio: Vale Confinado com Leito Rochoso, Vale Parcialmente Confinado com Leito Arenoso e Vale Não Confinado com Leito Arenoso. Cada estilo possui formas e processos dominantes distintos, resultantes de controles litoestruturais e geomorfológicos específicos. Considerando a crescente intervenção antrópica sobre os sistemas fluviais, especialmente de regiões semiáridas, é necessário reconhecer as especificidades de feições e dinâmicas dos rios, a fim de implementar ações de planejamento e gestão eficazes para possíveis aproveitamentos antrópicos mantenedores do equilíbrio natural fluvial.

Referências

ALMEIDA, F. F. M et al. Províncias estruturais brasileiras. In: Simpósio de Geologia do Nordeste v. 8, 1977, Campina Grande. Anais. [...], Campina Grande: Sociedade Brasileira de Geologia, 1977. p. 363-391. ALMEIDA, J. D. M. (Des) conectividade da paisagem e compartimentação fluvial na Bacia do Riacho Grande, Sertão Central pernambucano. 2017. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017.

BRANDÃO, R. L.; FREITAS, L. C. B. Geodiversidade do estado do Ceará. Fortaleza: CPRM, 2014. 214 p BRIERLEY, G. et al. Application of the River Styles framework as a basis for river management in New South Wales, Australia. Applied Geography, v. 22, n. 1, p. 91-122, 2002. BRIERLEY, G. J.; FRYIRS, K. A. Geomorphology and River Management: Applications of the River Styles Framework. Blackwell Publishing, 2005. 398 p. BRIERLEY, G. J.; FRYIRS, K. River styles, a geomorphic approach to catchment characterization: Implications for river rehabilitation in Bega catchment, New South Wales, Australia. Environmental Management, v. 25, n. 6, p. 661-679, 2000.

BRITO NEVES, B. B. et al. O evento Cariris Velho na Província Borborema: integração de dados, implicações e perspectivas. Revista Brasileira de Geociências, v. 25, n. 4, p. 279-296, 1995. CHARLTON, R. Fundamentals of fluvial geomorphology. Routledge, 2008. 234p. CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de sistemas ambientais. São Paulo: Edgard Blücher, 1999. CORRÊA, A. C. B.; SOUZA, J.O. P.; CAVALCANTI, L.C. S. Solos do ambiente semiárido brasileiro: erosão e degradação a partir de uma perspectiva geomorfológica. In: GUERRA, A. J. T.; JORGE, C.O.M. Degradação dos solos no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014. p. 127-169 FRYIRS, K. (Dis) Connectivity in catchment sediment cascades: a fresh look at the sediment delivery problem. Earth Surface Processes and Landforms, v. 38, n. 1, p. 30-46, 2013. FRYIRS, K. A. et al. Buffers, barriers and blankets: the (dis) connectivity of catchment-scale sediment cascades. Catena, v. 70, n. 1, p. 49-67, 2007. GRAF, W. L. Fluvial processes in dryland rivers. New York: Springer-Verlag, 1988. INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE) Projeto Topodata. Disponível em: http://www.dsr.inpe.br/topodata/ Acesso em: 04 de jun de 2019.

LIMA, R. N. S.; MARÇAL, M. S. Avaliação da Condição Geomorfológica da Bacia do rio Macaé–RJ a partir da Metodologia de Classificação dos Estilos Fluviais. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 14, n. 2, 2013.

MAIA, R. P.; BEZERRA, F. H. R. Condicionamento estrutural do relevo no Nordeste setentrional brasileiro. Mercator (Fortaleza), v. 13, p. 127-141, 2014.

MATTOS, S. H. V. L.; PEREZ FILHO, A. Complexidade e estabilidade em sistemas geomorfológicos: uma introdução ao tema. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 5, n. 1, 2004.

POEPPL, R. E. et al. Managing sediment (dis) connectivity in fluvial systems. Science of the Total Environment, v. 736, p. 139627, 2020. RIBEIRO, S. C.; MARÇAL, M. S.; CORRÊA, A. C. B. Geomorfologia de áreas semi-áridas: uma contribuição ao estudo dos sertões nordestinos. Revista de Geografia (Recife), v. 27, n. 1, p. 120-137, 2010. SACO, P. M. et al. Using hydrological connectivity to detect transitions and degradation thresholds: Applications to dryland systems. Catena, v. 186, p. 104354, 2020.

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (CPRM). Mapa Geológico do Estado do Ceará. Escala 1:500.000. Fortaleza: 2020. Disponível em: https://geosgb.cprm.gov.br/geosgb/downloads.html SOUZA, J. O. P. Dos sistemas ambientais ao sistema fluvial – uma revisão de conceitos. Caminhos de Geografia, v. 14, n. 46, 2013. SOUZA, J. O. P. Modelos de evolução da dinâmica fluvial em ambiente semiárido–bacia do açude do saco, Serra Talhada, Pernambuco. 2014. Tese (Doutorado em Geografia) - Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2014. SOUZA, J. O. P. Sistema fluvial e açudagem no semi-árido, relação entre a conectividade da paisagem e dinâmica da precipitação, na bacia de drenagem do riacho do saco, Serra Talhada, Pernambuco. 2011. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011. SOUZA, J. O. P.; ALMEIDA, J. D. M. Processos fluviais em terras secas: uma revisão. Processos fluviais em terras secas: uma revisão. Revista OKARA: Geografia em debate v, v. 9, n. 1, p. 108-122, 2015. SOUZA, J. O. P.; BARROS, A.C. M.; CORRÊA, A. C. B. Estilos fluviais num ambiente semiárido: bacia do Riacho do Saco, Pernambuco. Finisterra-Revista Portuguesa de Geografia, n. 102, p. 3-23, 2016. SOUZA, J. O. P.; CORRÊA, A. C, B.; BRIERLEY, G. J. An approach to assess the impact of landscape connectivity and effective catchment area upon bedload sediment flux in Saco Creek Watershed, Semiarid Brazil. Catena, v. 138, p. 13-29, 2016. THOMSON, J. R.; TAYLOR, M. P.; BRIERLEY, G. J. Are River Styles ecologically meaningful? A test of the ecological significance of a geomorphic river characterization scheme. Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems, v. 14, n. 1, p. 25-48, 2004. TOOTH, S. Process, form and change in dryland rivers: a review of recent research. Earth-Science Reviews, v. 51, n. 1-4, p. 67-107, 2000.

Downloads

Publicado

2024-04-14

Como Citar

MARTINS LOPES, V., GIRÃO, O., & OTAVIANO PRAÇA DE SOUZA, J. (2024). RIVER STYLES OF THE SÃO GONÇALO RIACHO, BASTIÕES RIVER WATER BASIN, CEARÁ / ESTILOS FLUVIAIS DO RIACHO SÃO GONÇALO, BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BASTIÕES- CEARÁ. William Morris Davis - Revista De Geomorfologia, 5(2), 81–93. https://doi.org/10.48025/ISSN2675-6900.v5n2.2024.627