EVALUATION OF SOIL LOSS ESTIMATES IN SEMI-ARID SERGIPAN / AVALIAÇÃO DA ESTIMATIVA DE PERDA DE SOLO NO SEMIÁRIDO SERGIPANO
DOI:
https://doi.org/10.48025/ISSN2675-6900.v5n1.2024.612Palavras-chave:
Sistema de informações geográficas, Erosão, Perdas de solo, Degradação, SemiáridoResumo
Nas regiões semiáridas, a erosão tem grande importância na dinâmica ambiental. Apesar de ser um processo natural, as intervenções antrópicas têm intensificado seus efeitos, resultando em quadros de degradação os quais afetam, direta ou indiretamente, as questões ambientais, sociais e econômicas no semiárido brasileiro. No semiárido sergipano, a disseminação de práticas agrícolas inadequadas põe em risco a própria capacidade de uso da terra para a manutenção das atividades produtivas, evidenciando a necessidade de se avaliar o potencial de erosão do solo se tornando importante instrumento de análise dos problemas ambientais. A utilização de metodologias, como a EUPS, possibilitam analisar e identificar as áreas com maior potencial à erosão, permitindo identificar os locais mais suscetíveis ao processo, sua intensidade, e as práticas que mais contribuem para a degradação dos solos. Como resultado do cruzamento dos indicadores foi possível observar valores de perdas de solos inferiores a 10 ton/ha/ano, em 57,65% do território analisado, seguidos pelas perdas de 10 a 20 ton/ha/ano (21,28%), 20 a 50 ton/ha/ano (15,42%) e maiores que 50 ton/ha/ano, correspondendo a 4,58% da região. O fator topográfico foi o indicador que mais influenciou nos valores de fragilidade, apresentando boa correlação com os resultados obtidos neste trabalho. A utilização da EUPS, mostrou-se como ferramenta prática no estudo e avaliação da erosão no semiárido sergipano, possibilitando compreender a influência dos fatores ambientais nos processos erosivos, bem como possibilitando identificar as áreas com maiores suscetibilidades às perdas, se tornando um poderoso instrumento ao processo de planejamento e ordenamento territorial.
Referências
ALVES, J. J. A.; ARAÚJO, M. A. de; NASCIMENTO, S. S. do. Degradação da caatinga: uma investigação ecogeográfica. Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 3, p. 126-135, 2009.
BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. Editora: Ícone Editora. 2017. 392p.
BRASIL, J. B.; ROSA, G. Q.; RIBEIRO FILHO; J. C.; SILVA, C. V. T. Estimativa de perda de solo na bacia do açude Arneiroz II por ferramentas de geoprocessamento. Ambiência. v. 13, n. 2. p. 503-517, 2017. DOI:10.5935/ambiencia.2017.02.16rc.
CARMO, A. M. do; SOUTO, M. V. S.; DUARTE, C. R.; MESQUITA, A. F. Análise de Risco Ambiental à Erosão Gerada a partir de produtos de sensores remotos: MDE Topodata e Landsat 8. In: XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto – SBSR. Anais… João Pessoa-PB, Brasil, 2015. p. 5927-5934.
CARVALHO, L. M. de; MARTINS, V. de S (Orgs). Geodiversidade do estado de Sergipe. Salvador: CPRM, 2017. 153 p.
CASTELLETTI, C. H. M.; SANTOS, A. M. M.; TABARELLI, M.; SILVA, J. M. C. da. Quanto ainda resta da Caatinga? Uma estimativa preliminar. In: SILVA, J. M. C. da; TABARELLI, M.; FONSECA, M. T. da; LINS, L. V. (Orgs.). Biodiversidade da Caatinga: Áreas e ações prioritárias para a conservação. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente: Universidade Federal de Pernambuco, 2004. p. 91– 100.
FERNANDES, M. R. de M.; MATRICARDI, E. A. T.; ALMEIDA, A. Q. de; FERNANDES, M. M. Mudanças do Uso e de Cobertura da Terra na Região Semiárida de Sergipe. Floresta e Ambiente, v. 22, n. 4, p. 472-482, 2015. http://dx.doi.org/10.1590/2179-8087.121514.
GÓIS, D. V. Cenários de risco à desertificação no semiárido sergipano. 2020. 183 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2020.
JARDIM, A. M. da R. F.; ARAÚJO JÚNIOR, G. do N.; SILVA, M. J. da; MORAIS, J. E. F. De; SILVA, T. G. F. da. Estimativas de perda de solo por erosão hídrica para o município de Serra Talhada, PE. Journal of Environmental Analysis and Progress. v. 2, n. 3, p. 186-193, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.24221/jeap.2.3.2017.1416.186-193.
LOPES, F. B.; ANDRADE, E. M. de; TEIXEIRA, A. dos S.; CAITANO, R. F.; CHAVES, L. C. G. Uso de geoprocessamento na estimativa da perda de solo em microbacia hidrográfica do semiárido brasileiro. Revista Agro@mbiente On-line, v. 5, n. 2, p.88-96, 2011.
LOPES, J. W. B.; ARAÚJO NETO, J. R.; PINHEIRO, E. A. Produção de sedimentos e assoreamento em reservatório no semiárido: O caso do açude Marengo, Ceará. Geoambiente on-line. n. 24, p. 16-31, 2015.
MMA – Ministério do Meio Ambiente. Subsídios para a Elaboração do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Caatinga. Brasília: MMA, 2011. 128p.
MARTINS, E. S. P. R.; DE OLIVEIRA, S. B. P.; CARVALHO, M. S. B. D. S.; SIFEDINE, A.; FERRAZ, B. Uso de sensoriamento remoto para mapeamento de áreas susceptíveis à desertificação na região semiárida do Brasil. Ciência & Trópico, v. 41, n. 2, 2017. Disponível em: <https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/1663>. Acesso em: 8 mar. 2022.
MOREIRA, E. B. M.; SOARES, D. B.; RIBEIRO, E. P.; NÓBREGA, R. S. Suscetibilidade à erosão hídrica na bacia hidrográfica do Rio Pajeú, Pernambuco. In: PEREZ FILHO, A.; AMORIM, R. R. (Orgs.). Os desafios da Geografia Física na fronteira do conhecimento. 1ed.: 2017, v. 1, p. 4069-4080.
MOURA, M. M.; FONTES, C. Dos S.; SANTOS, M. H. dos; ARAÚJO FILHO, R. N.; HOLANDA, F. S. R. Estimativa de perda de solo no baixo São Francisco sergipano. Revista Scientia Agraria. v. 18, n. 2, p. 126-135, 2017.
RABELO, D. R.; ARAÚJO, J. C. de. Estimativa e mapeamento da erosão bruta na bacia hidrográfica do Rio Seridó, Brasil. Revista Brasileira de Geomorfologia. v.20, n.2, p.361-372, 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.20502/rbg.v20i2.1414.
SÁ, I. B.; CUNHA, T. J. F.; TEIXEIRA, A. H. de C.; ANGELOTTI, F.; DRUMOND, M. A. Processos de desertificação no Semiárido brasileiro. In: SÁ, I. B.; SILVA, P. C. G. da. (Ed.). Semiárido brasileiro: pesquisa, desenvolvimento e inovação. Petrolina: Embrapa Semiárido, 2010. p. 127-158.
SANTORO, J. Erosão Continental. In.: TOMINAGA, L. K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. do. (orgs.). Desastres Naturais: Conhecer para prevenir. São Paulo: Instituto Geológico, 2009. p. 53-70.
SAMPAIO, E. V. S. B.; ARAÚJO, M. do S. B.; SAMPAIO, Y. S. B. Impactos ambientais da agricultura no processo de desertificação no Nordeste do Brasil. Revista Geografia. v. 22, n. 01, p. 90-112, 2005. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistageografia/article/view/228637/23060>. Acesso em: 11, set. 2020.
SILVA, J. R. I.; SOUZA, E. S. de; SANTOS, E. S. dos; ANTONINO, A. C. D. Efeito de diferentes usos do solo na erosão hídrica em região semiárida. Revista Engenharia na Agricultura. V.27, n.3, p.272-283, 2019.
SOUSA, F. R. C. De; PAULA, D. P. de. Análise de perda do solo por erosão na bacia hidrográfica do Rio Coreaú (Ceará-Brasil). Revista Brasileira de Geomorfologia. v.20, n.3, p. 491-507, 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.20502/rbg.v20i3.1393.
WEILL, M. de A. M.; PIRES NETO, A. G. Erosão e Assoreamento. In. SANTOS, R. F. dos. Vulnerabilidade ambiental: Desastres naturais ou fenômenos induzidos?. Capítulo 4. Brasília: MMA, 2007. p. 39-60.
XAVIER, J. P. S., BARROS, A. H. C., WEBBER, D. C., ACCIOLY, L. J. O., MARQUES, F. A., ARAÚJO FILHO, J. C., SILVA, A. B. Estimativa da erosividade da chuva por diferentes métodos e seu impacto na equação universal de perdas de solo, no semiárido pernambucano. Revista Brasileira de Geografia Física. v.12, n.03, p. 859-875, 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 ÉDER GUEDES FREITAS, VLÁDIA PINTO VIDAL DE OLIVEIRA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem a William Morris Davis o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (CC-BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Autores são responsáveis pelo conteúdo constante no manuscrito publicado na revista.