GEOMORPHOLOGICAL CLASSIFICATION OF RIVERS IN ENVIRONMENTS MODIFIED AND CONTROLLED BY HUMAN ACTIVITIES: THE CASE OF THE PIRAÍ RIVER (RJ) /CLASSIFICAÇÃO DE RIOS EM AMBIENTES MODIFICADOS E CONTROLADOS POR ATIVIDADES HUMANAS: O CASO DO RIO PIRAÍ (RJ)
DOI:
https://doi.org/10.48025/ISSN2675-6900.v4n2.2023.405Palavras-chave:
Rios Antrópicos, Intervenções Hidráulicas, Estilos Fluviais, Classificação de Rios.Resumo
As principais bacias hidrográficas do Brasil apresentam intervenções que impõem modificações e têm chamado atenção à necessidade da Geomorfologia de compreender o papel desempenhado pelas alterações ocorridas nos sistemas fluviais e considerar como um de seus controladores primários. A metodologia dos Estilos Fluviais permite a adaptação da classificação de rios para compreensão de elementos artificiais incorporados nos canais fluviais. A bacia do Rio Piraí está localizada na porção oeste do estado do Rio de Janeiro e compõe o Sistema Guandu, apresentando diferentes obras hidráulicas. O trabalho foi construído em três etapas: Delimitação da Bacia, levantamento das obras hidráulicas e classificação dos estilos fluviais. Identificou-se seis estilos fluviais, dos quais os três últimos são diretamente controlados pelas obras hidráulicas que impõem modificações na morfologia do canal.
Referências
ALMEIDA, F.F.M. The system of continental rifts bordering the Santos Basin, Brazil. An. Acad. bras. Ci. (Supl.), Rio de Janeiro, 48:15-26, 1976.
ALMEIDA F.F.M. Origem e evolução da plataforma brasileira. Rio de Janeiro, DNPM-DGM, Boletim, 241, 36p, 1967.
ARAÚJO, L. M. N. et al. Avaliação Do Regime Fluvial Do Rio Piraí Condicionado Pela Transposição De Vazões. In: XVIII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 2009. Disponível em <https://www.abrhidro.org.br/SGCv3/publicacao.php?PUB=3&ID=110&SUMARIO=2334>. Acesso em 13 de Agosto de 2023.
ASMUS, H.E. & FERRARI, A.L. Hipótese sobre a causa do Tectonismo Cenozoico na Região Sudeste do Brasil. In: Aspectos estruturais da margem continental leste brasileira, Série Projeto REMAC, v. 4, p. 75-88, 1978.
BOWMAN, D. Base-level Impact: A Geomorphic Approach. Springer International Publishing, 1a ed. 2023. https://doi.org/10.1007/978-3-031-24994-5
BRIERLEY, G. J.; FRYIRS, K. A. Geomorphology and River Management: Applications of the River Styles Framework. Blackwell Science, Oxford, UK. 398pp. 2005.
BRIERLEY, G., FRYIRS, K., OUTHET, D., MASSEY, C. Application of the River Styles framework as a basis for river management in New South Wales, Australia. Applied Geography, v. 22, p. 91-122, 2002.
CEDAE Co. A Cedae, História: Abastecimento. Disponível em <https://cedae.com.br/ahistoria>. Acesso em 13 de Agosto de 2023.
COELHO NETTO, A.L.; FERNANDES, N.F.; DANTAS, M.E.; DIETRICH, W.E.; MONTGOMERY, D.R.; DAVIS, J.C.; PROCTOR, I.; VOGEL, J. & SOUTHIN, J. 14C MAS evidences of two Holocene erosion-sedimentation cycles in SE Brazil: stratigraphy and stratigraphy inversion.14th Intern. Sedimentary Congress, IAS-International Association of Sedimentologists, Recife, 28-30, 1994.
CRUTZEN, P. Geology of mankind. Nature, v. 415, n. 23, 2002. https://doi.org/10.1038/415023a
CUNHA, S. B. Impactos das Obras de Engenharia Sobre o Ambiente Biofísico da Bacia do Rio São João (Rio de janeiro – Brasil). Rio de Janeiro: Ed: Instituto de Geociências,
UFRJ. 378 p., 1995.
GOUDIE, A. The Human Impact: Man's Role In Environmental Change.. 6. ed. Oxford: Basil Blackwell: The MIT Press, 1981. ISBN: 063112554X.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Bases cartográficas contínuas – Rio de Janeiro. Escala 1:25.000. Versão 2018. Acesso ao produto:<https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/bases-cartográficas continuas/15807-estados.html?edicao=16037&t=acesso-ao-produto>.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA . Censo Brasileiro de 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2023.
JORDÃO, M. D. L. Influência da transposição de bacias do paraíba do Sul-Piraí-Guandu na descarga de sólidos suspensos para a Baía de Sepetiba. Dissertação (Doutorado em Engenharia Oceânica) - COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
KELMAN, R., CASTRO, T., HALLOT, C., et al. Avaliação de impactos de novas transposições de águas propostas para o rio Paraíba do Sul. Relatório técnico, AGEVAP:PSR. 2013.
LAVE, R., BIERMANN, C., LANE, S.N. Introducing Critical Physical Geography. In: Lave, R., Biermann, C., Lane, S. (Eds.), The Palgrave Handbook of Critical Physical Geography (pp. 3-21). Palgrave Macmillan, Cham, 2018. https://doi.org/10.1007/978-3-319-71461-5_1.
LIGHT Co. Grupo Light, Quem somos: História da Light. Disponível em <https://www.light.com.br/SitePages/page-a-light.aspx?v=1.1>. Acesso em 13 de Agosto de 2023.
LEOPOLD, L.B., WOLMAN, M.G. and MILLER, J.P. Fluvial Processes in Geomorphology. Freeman, San Francisco, 522 p., 1964.
LUZ, L. M. MARÇAL. M.S, A Perspectiva Geográfica do Antropoceno. Revista de Geografia (Recife) V. 33, No. 2, p. 143-160, 2016.
MARÇAL, M. S,; BRIERLEY, G.; LIMA, R. Using geomorphic understanding of catchment-scale process relationships to support the management of river futures: Macaé Basin, Brazil. APPLIED GEOGRAPHY, v. 84, p. 23-41, 2017.
MARÇAL, M. S., CASTRO, A. O. C., & LIMA, R. N. S. Geomorfologia fluvial e gestão dos rios no Brasil. In O. A. CARVALHO JÚNIOR, M. C. V. GOMES, R. F. GUIMARÃES, & R. A. T. GOMES (Eds.), Revisões da Literatura da Geomorfologia Brasileira (pp. 225–249). Brasília: Editora ICH-UnB, 2022.
MARÇAL, M. D. S.; LIMA, R. N. D. S. Abordagens Conceituais Contemporâneas na Geomorfologia Fluvial. Espaço Aberto, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 17-33, 2016. 2237-3071.
MOURA, J. R. S.; MEIS, M. R. M. Contribuição à estratigrafia do Quaternário Superior no médio vale do rio Paraíba do Sul – Bananal, SP. An. Acad. Bras. Ciên., Rio de Janeiro, v. 58, n. 1, p. 89-102, 1986.
MOURA, J. R. S.; MEIS, M. R. M. Insight into the morphometry of drowned valley. Brazil Geographic Studies – UGI, Belo Horizonte - MG, v. 1, p. 78-100, 1978.
PETTS, G. E. Time-scales for ecological change in regulated rivers. In: Craig, J.F., Kemper, J.B. Eds., Regulated streams. advances in ecology. New York: Plenum. p. 257–266, 1987.
RICCOMINI, C. O Rift continental do sudeste do Brasil. Tese de Doutorado, Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 256 p., 1989.
RODRIGUES, C.; ADADI, S., Técnicas fundamentais para o estudo de bacias hidrográficas. In: VENTURI Luis A.B. (org) Praticando geografia: técnicas de Campo e
Laboratório em geografia e análise ambiental, São Paulo: Oficina de Textos, p. 147-166, 2005.
SANTANA, C. I. MARÇAL, M. S. Identificação de Estilos Fluviais na Bacia do Rio Macabu (RJ) a Serem Aplicados na Gestão dos Recursos Hídricos. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 13, n.04, p. 1886-1902, 2020.
SANTOS, R. C. MARÇAL, M. S. Caracterização dos Ajustes e Mudanças na Morfologia do Rio São João, Região Das Baixadas Litorâneas do Estado do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 22, n.1, p. 149-162, 2021. Doi: https://doi.org/http://dx.doi.org/10.20502/rbg.v22i1.1826.
SCHUMM, S. A. “River Response to Base Level Change: Implications for Sequence Stratigraphy.” The Journal of Geology, vol. 101, no. 2, pp. 279–94, 1993.
SEA PROJECTS. Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Guandu, da Guarda e Guandu-Mirim – COMITÊ GUANDU. Monitoramento da Qualidade da Água do Rio Piraí à Montante do Túnel de Tócos, na Região Hidrográfica do Guandu – Rh II em Conformidade com o Plano da Bacia. Seropédica, 2013. Relatório.
SZABÓ, J. Anthropogenic geomorphology: subject and system. In: Anthropogenic Geomorphology: A Guide to Man-Made Landforms. SZABÓ, J. DÁVID, L. LÓCZY, D. (Orgs.). SPRINGER. Dordrecht Heidelberg London, New York, p. 3-10, 2010.
WHEATON, J. M. et al, Geomorphic mapping and taxonomy of fluvial landforms. Geomorphology. V. 248, pp. 273-295, 2015. ISSN 0169-555X.
WHITEHEAD, M. Environmental Transformation. A geography of Anthropocene. Routledge. London, 190p., 2014.
ZALÁN, P.V. & OLIVEIRA J.A.B. Origem e evolução estrutural do Sistema de Riftes Cenozoicos do Sudeste do Brasil. Boletim de Geociências da Petrobras, 13(2): p. 269-300, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 GIOVANNA DA SILVA RAMOS, MÔNICA DOS SANTOS MARÇAL, GUSTAVO KISS PINHEIRO CABRAL
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem a William Morris Davis o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (CC-BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Autores são responsáveis pelo conteúdo constante no manuscrito publicado na revista.