SPATIAL VARIATION IN THE RECENT GEOMORPHOLOGICAL EVOLUTION OF THE TURVO RIVER BASIN, IN THE MIDDLE VALLEY OF THE RIO PARAÍBA DO SUL: MORPHOLOGICAL AND CHRONOSTRATIGRAPHIC EVIDENCES/ VARIAÇÃO ESPACIAL NA EVOLUÇÃO GEOMORFOLÓGICA RECENTE DA BACIA DO RIO TURVO, NO MÉDIO VALE DO RIO PARAÍBA DO SUL: EVIDÊNCIAS MORFOLÓGICAS E CRONO- ESTRATIGRÁFICAS
Palavras-chave:
depósitos fluviais, taxa de sedimentação, denudação mecânica e denudação químicaResumo
Evidências morfológicas e crono-estratigráficas apontam que a região do médio vale do Rio Paraíba do Sul (MVRPS) passou
por dois ciclos de instabilidade morfodinâmica: o primeiro entre 10.000 e 8.000 anos atrás, e o segundo, iniciado há cerca de
250 anos (ciclo do café). Essa dinâmica evolutiva foi amplamente comprovada para a bacia do Rio Bananal, vertente direita
do MVRPS. Diante disso, este estudo objetivou avaliar as repercussões desses dois ciclos na bacia do Rio Turvo, vertente
esquerda do MVRPS. Foram feitos levantamentos de depósitos fluviais em diversas sub-bacias, através de mapeamento e
espessura obteve-se a volumetria desses depósitos. Foram realizadas 15 análises por datação de C14 em 9 perfis
estratigráficos. Os estudos geocronológicos (AMS C14) nos terraços fluviais dos rios Turvo e Pedras mostram que eles foram
formados no mesmo ciclo erosivo-deposicional, entre 8000-10000 anos atrás, identificado para a bacia do Rio Bananal.
Entretanto, as taxas de erosão foram superiores na bacia do Rio Bananal (sub-bacia do Rio Piracema) (38.500 m3/ano),
seguido pela sub-bacia do rio Pedras (2.240 m3/ano) e demais sub-bacias do rio Turvo (320 m3/ano). Por outro lado,
comparando as taxas de sedimentação do período do café, observou-se taxas semelhantes entre as bacias dos rios Turvo e
Bananal (96.640 m3/ano e 97.160 m3/ano, respectivamente). Os resultados apontam um modelo de evolução geomorfológica
espacialmente não uniforme, tendo a sub-bacia do Rio Pedras maior magnitude erosivo-deposicional, enquanto no restante da
bacia do rio Turvo há menor estoque de sedimentos nos vales fluviais e a preservação de feições de denudação química nos
interflúvios.
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